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Na casa da vovó não é assim!

julho 9, 2021

Por Josana Caversan

 

 “Na casa da vovó, tudo é bonito
A vovó faz para mim brigadeiro e pirulito” 

(Cristina Mel) 

 

É verdade que os avós ajudam a reviver as memórias da família e as transmitem por gerações, além de oferecerem um suporte e tanto para os pais nos cuidados das crianças. Mas, em algumas famílias, esse contato constante deve ser um ponto de atenção! Muitos conflitos ocorrem devido à falta de limites nas relações entre netos e avós, principalmente quando a criança passa grande parte do seu tempo sob cuidado deles.  

 

Quando tal cuidado se faz necessário, o diálogo passa a ter uma importância fundamental. As regras precisam ser minimamente acordadas para que criança não se sinta confusa ou os pais desautorizados. 

 

Não há problemas se ocasionalmente as regras são diferentes na casa dos avós. É até importante para a criança perceber que em cada espaço existem regras diferentes.  

 

O problema acontece justamente quando não é ensinado à criança a fazer essa diferenciação e o desrespeito acontece, por exemplo: “não vou tirar o prato da mesa porque na casa da vovó eu não tiro”. Neste momento, é importante que os pais sejam firmes e mantenham a própria regra, sinalizando que “na casa da vovó é diferente da nossa casa”. 

 

Geralmente na casa dos avós a criança “pode tudo” e nada mais justo que, dentro de alguns limites, deixar os avós viverem os momentos prazerosos da vida junto com o neto. Não dá para transferir a responsabilidade de educar o filho para os avós, mesmo que eles fiquem mais tempo com a criança. Cabe aos pais esta tarefa. E se por algum motivo, entre pais e avós, as discordâncias sobre como educar a criança, forem muito grandes, os pais devem buscar alternativa para deixar o filho enquanto se ausentam. Lembrando que é um direito dos netos e avós manterem contato, exceto em situações de risco. 

 

O mais importante é sempre refletir sobre o que é melhor para a criança e buscar o respeito entre todos os envolvidos, entendendo que existirão diferenças culturais, religiosas e geracionais, que inclusive contribuirão para o desenvolvimento da criança, que aprenderá a conviver, desde cedo, com diferentes tipos de pessoas.  

 

 

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