Por Josana Caversan
Por mais difícil que seja educar uma criança, não se deve fazer o uso da violência, seja ela física ou verbal. O diálogo com uma criança, assim como com qualquer outra pessoa em outra fase do desenvolvimento, sempre deve envolver respeito. Afinal, todo mundo quer e merece ser respeitado!
Mas, como alcançar o equilíbrio entre ter autoridade e ao mesmo tempo respeitar uma criança em uma conversa? Seguem abaixo algumas dicas de como agir e se comunicar de forma assertiva com o seu filho:
– Olhe nos olhos e se possível abaixe para ficar o mais próximo da altura da criança, mostrando que você deseja ver a situação sobre um ponto de vista mais parecido com o dela;
– Tente focar apenas na conversa com a criança, sem se distrair com outras coisas. Ensine a crianças a ouvir e prestar atenção no que os outros falam fazendo isso com ela;
– Busque falar em tom de voz adequado, evitando gritar, sobretudo em público. Lembre-se sempre: a criança gosta e imita o adulto!
– Não tenha medo que ela perceba que você também erra. Isto não fará com que você perca a autoridade, apenas te aproximará da criança;
– Tente não interromper a fala da criança, assim como você também não gosta de ser interrompido;
– Leve em conta a opinião do seu filho, solicitando que ele participe de algumas decisões que você julgar que não lhes trarão prejuízos;
– Não minta para a criança. Caso o assunto seja muito delicado, tente explicá-lo de forma mais lúdica e adaptada à idade;
– Valide os sentimentos do seu filho, afirmando que entende como ele se sente. Dizer também como você se sente e nomear os sentimentos do pequeno ajudam no processo de identificação e controle das emoções, facilitando a comunicação;
– Seja mais rígido com o que realmente exige severidade e tente dar maior liberdade para as demais coisas, para que o seu filho compreenda o que é essencial que seja seguido da forma como você pede e não interprete o seu excesso de comando como mero incômodo. Em resumo, faça-o entender a importância do seu não;
– Estabeleça combinados e certifique-se de que ele entendeu e aceitou o acordo. Se o combinado não for cumprido, as consequências devem ser claras. Além disso, o combinado deve ser bom e vantajoso para todo mundo;
– Dê limites e conheça o seu filho para construir cumplicidade e se adaptar as diferentes situações que puderem existir. Sim, educar dá trabalho, exige atenção, paciência e repetição!
Observe que muitas das dicas acima expressam modos adequados de agir e se comunicar com qualquer pessoa, de qualquer idade. E então, por que não as praticar com os pequenos também?
Esta forma de educar, comunicando-se de maneira empática com a criança, muitas vezes é interpretada como permissiva. Orientar a criança com firmeza, mas também escutar e tentar entendê-la, respeitando seus limites maturacionais e valorizando a sua opinião, a tornará confiante para falar o que sente, preparada para a entender as ordens que recebe e mais aberta para aceitar os nãos que você e a vida certamente dará.