Por Josana Caversan
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o leite materno é um alimento recomendado para crianças até os 2 anos de idade ou mais. Por ser completo, ele deve ser o único alimento ofertado para o bebê de até 6 meses de idade. São muitos os benefícios da amamentação, tanto para mãe quanto para o bebê.
O leite materno, além de ser facilmente digerido pelo bebê, é sempre forte e incrivelmente varia de composição de acordo com as necessidades dos pequenos, possuindo uma série de nutrientes que auxiliam no desenvolvimento de cada fase.
O primeiro líquido produzido pelo seio chama-se colostro, ele ajuda a desenvolver o trato digestivo do recém-nascido, é rico em proteínas e tem baixo teor de açucares. Ele é produzido em pequena quantidade e à medida que o bebê mama e o estômago cresce, a produção do leite aumenta. O leite materno é capaz de combater vírus e bactérias, proteger o seu filho de alergias e fortalecer o sistema imunológico, já que possui muitos anticorpos.
Um estudo realizado na Universidade Federal de Pelotas, por Cesar Victora e Bernardo Horta, evidenciou que o prolongamento da amamentação não só aumenta a inteligência do bebê, mas também tem impacto tanto em nível individual quanto social, melhorando a escolaridade e o nível de renda na vida adulta. Para Horta, “o provável mecanismo subjacente aos efeitos benéficos da amamentação sobre o desenvolvimento da inteligência é a presença de ácidos-graxos saturados de cadeia longa no leite materno, os quais são essenciais para o desenvolvimento do cérebro”.
A amamentação de longa duração também oferece vários benefícios para a mãe, auxiliando na sua saúde e no seu bem-estar, pois:
- – Aumenta os níveis de ocitocina, diminuindo alguns tipos de câncer, como o de mama, ovário e útero, diminuindo também ansiedade e depressão, facilitando o vínculo com o bebê;
- – Auxilia na perda de peso, já que amamentar queima muitas calorias;
- – Gera maior praticidade no dia a dia, pois não é necessário preparar o leite e nem se preocupar com mais esse item e seus acessórios, dentre outros tantos que o bebê necessita.
O professor Peter Hartmann, renomado especialista em ciência da amamentação, da Universidade da Austrália Ocidental, afirma ainda que, quando as mães amamentam “passam por alterações no cérebro que significam a capacidade de desempenhar algumas tarefas de forma mais eficiente” e que “a amamentação melhora a mineralização óssea; por isso, se você amamentar, estará menos sujeita a ter osteoporose e fraturas em idade mais avançada”.
O ato de amamentar é tão importante que a OMS criou, em 1948, o Dia Mundial da Amamentação, comemorado em 1º de agosto, que abre a Semana Mundial de Aleitamento Materno.
Agora que você conheceu os benefícios da amamentação, tanto para você quanto para o seu bebê, aproveite este momento junto com ele, alimentando-o com muitos nutrientes e amor.
São inúmeros os desafios no processo da amamentação e nem sempre é possível amamentar da forma como se idealiza. Caso você esteja enfrentando alguma dificuldade para amamentar leia também o texto Amamentação – Quando nem tudo são flores.
Fonte: Universidade Federal de Pelotas, Ministério da Saúde